sexta-feira, 29 de julho de 2016

O Leite e seus produtores

Nos anos 70, foi promovida uma campanha com o slogan "Leite, bastam dois copos todos os dias". O leite era do tipo "C" (menos gordura), e vinha em saquinhos de 1 litro.

O texto a seguir vai mostrar se isto procede ou não, a composição do leite, e alguns impedimentos ao seu consumo que vem sendo levantados.

História

A história do leite se confunde com a história da domesticação da Vaca. É preciso antes falar do ancestral da Vaca, um animal chamado Auroque.

O Auroque

O Auroque é uma raça de bovinos cuja primeira aparição foi registrada na Índia, e que foi extinta em 1627 (a última vaca da raça morreu na Polônia). Este bovino foi a primeira fonte de carne, leite e couro, além de se prestar como animal de carga. Mas apresentava desvantagens em relação ao boi e vaca que conhecemos atualmente:

  • Era de temperamento indócil;
  • Apresentava um tamanho exagerado (chegava a 1,80 m);
  • Era muito pesado (900 Kg);
  • Exigia grande quantidade de alimentação;
  • Seus chifres podiam chegar a 1,40 m.

À primeira vista, pode parecer desejável um boi ou uma vaca gigante, no entanto, a alimentação necessária para se obter o ponto de corte, ou o ponto ideal de produção de leite se mostram pouco vantajosos. O ideal na pecuária são os animais menores, que atingem rapidamente o patamar biológico de produtividade, e que tenham alta taxa de conversão alimentar.

Cientistas italianos estão tentando recriar esta variedade genética a partir de cruzamentos, sem a necessidade de uma intervenção genética "invasiva". A alegação é a de que esta raça é mais resistente ao aquecimento global.

O gado Bovino

Boi é o nome do macho castrado da espécie Bos taurus. Já touro é o nome deste macho cuja capacidade reprodutora seja mantida. É um animal ruminante, de chifres ocos e domesticável. O touro macho pode alcançar 1100 kg, e a fêmea 720 kg.

Existem basicamente 3 tipos de raças bovinas:


  • As de corte - eficientes na obtenção de carne;
  • As zebuínas - produtivas tanto para corte quanto na obtenção de leite;
  • As leiteiras - eficientes na produção de leite;

Produção de carne

Um boi pesa, em média, ao entrar no frigorífico, 440 Kg. Destes, 255 Kg correspondem à carcaça, 7,3 Kg à carne para uso industrial, 12,9 Kg são de miúdos e glândulas. Da carcaça, 155 Kg correspondem aos diversos cortes de carne.

Produção de leite

A vaca é um animal provido de mecanismos naturais para produzir o leite que o pecuarista espera. O nascimento do bezerro é, assim como ocorre na espécie humana, o estímulo para que as glândulas mamárias produzam o leite. Mas apenas isto não representa uma produção eficiente. O natural é que, quando o bezerro desmamar, a produção vai cessar. Entra em pauta a escolha apropriada da raça.

As três raças que continuam dando leite mesmo após o nascimento da cria são Jérsei, Holandesa e Pardo-suiça. Para que a produção continue, basta estimular a mama, através da ordenha, seja ela manual ou mecânica. Para manter a produção, obviamente teremos que provocar uma nova gestação na vaca, coisa inclusive desejável, para aumentar a quantidade de bezerros. A ordenha manual deverá, então, ser interrompida 2 meses (60 dias) antes do final desta gestação.

Com algumas variações, na primeira lactação as vacas da raça Jersey dão, em média, de 10 a 15 litros de leite por dia. Na segunda lactação a média aumenta um pouco, subindo para um patamar entre 16 e 25 litros por dia.

Componentes principais

Componente Integral Semi-desnatado Desnatado
Carboidratos 9.0 g 9.2 g 9.4 g
Proteínas 6.2 g 6.4 g 6.6 g
Gorduras Totais 6.0 g 2.6 g 0.7 g
Gorduras Saturadas 3.8 g 1.6 g 0.35 g
Gorduras Trans 0.0 g 0.0 g 0.0 g
Cálcio 234 mg 228 mg 228 mg
Sódio 141 mg 143 mg 142 mg




Valores para 200 ml de leite


Lactose

A lactose é um açúcar presente no leite. O corpo das crianças, pela natural necessidade do leite materno, produz muita Lactase. Lactase é a enzima capaz de quebrar as moléculas de lactose. Mas a medida em que o indivíduo ultrapassa a infância, a quantidade de lactase no corpo diminui, e perdurando o consumo regular do leite, a pessoa pode desenvolver intolerância à Lactose.

A intolerância também pode surgir devido a causas secundárias, como:


  • Doença celíaca (veja o artigo sobre o pão);
  • Gastroenterite;
  • Doença de Crohn (doença inflamatória do trato intestinal);


A forma de se contornar a intolerância à Lactose é consumir por um período razoável o leite sem lactose, que tem se proliferado no mercado, para posteriormente ir reintroduzindo na dieta o leite normal (com lactose).

Conclusão

Respeitadas as restrições que a idade e possíveis distúrbios que possam estar ocorrendo temporariamente em relação ao sistema digestivo, o leite pode ser consumido na modalidade mais apropriada (desnatado, sem lactose), ou então completamente eliminado de nossa dieta, pois existem outras fontes de cálcio, gordura e proteínas disponíveis.














quinta-feira, 28 de julho de 2016

O pão - alimento necessário ou apenas tradicional ?

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus"

Se Jesus comparou o pão à palavra de Deus, instrumento de manutenção e crescimento da fé do ser humano, podemos ter uma ideia do valor do pão desde os tempos imemoriais. Ele era (e continua sendo) o alimento de todo dia.

O trigo

O principal constituinte do pão é o Trigo ( triticum aestivum ). Sua origem mais provável é sudoeste da Ásia. Restos mais antigos deste grão foram encontrados na Síria, Jordânia e Turquia. Sementes precursoras do Trigo de hoje foram encontradas no Iraque oriental há 9000 anos.

Outros achados arqueológicos mostram que o trigo com o qual é fabricado o pão cresceu no vale do Rio Nilo há 5000 anos, bem como na Índia, China e Inglaterra.

Apesar de notório por conter carboidratos, o Trigo contém Vitaminas, Sais minerais e proteínas.

Importância

O Trigo é responsável pelo fornecimento de 20 % das calorias que TODOS os seres humanos consomem no planeta Terra. O pão, fabricado a partir do trigo, é um dos principais alimentos da raça humana.

Segundo o Jornal "The Economist", em 10.000 anos a população do planeta aumentou em 10 vezes. As calorias que tornaram isto possível vieram do milho, arroz e trigo.

No entanto, o trigo vem perdendo terreno para o arroz, devido ao crescente número de pessoas com problemas de intolerância ao glúten, aglomerado proteico oriundo da manipulação durante o preparo do trigo para cozimento.

O danoso Glúten

Não é novidade. Todas as pessoas estão tendo consciência e estão aprendendo a inspecionar os rótulos dos alimentos produzidos a partir do trigo, em busca da etiqueta "contém glúten" ou "não contém glúten". De tão sério, o assunto gerou a lei que obriga a indústria alimentícia a avisar o consumidor da presença ou não deste composto, a lei No. 10.674 de maio de 2003.

O Trigo contém, entre as suas proteínas, duas em particular: gliadina e glutenina. As duas perfazem 85 % do conteúdo proteico do trigo. Estas duas proteínas, em contato com a água, formam uma rede insolúvel, que conhecemos pelo nome de GLÚTEN.

O pão, alimento tão comum, é caracterizado pelo seu volume, e o Glúten é um dos grandes parceiros do fermento na responsabilidade de fazer crescer a massa:

Glúten + fermento = Crescimento

O Glúten é formado quando a farinha de trigo, a água e demais ingredientes do pão são misturados e sofrem a ação de um trabalho mecânico. Hoje isto ocorre na máquina que parece uma batedeira de massa.

O interesse do Glúten no processo de formação do pão está na sua capacidade de dar extensibilidade e consistência à massa, além de reter o gás carbônico proveniente da fermentação, fazendo com que a massa cresça. A cevada e o centeio possuem ambas as proteínas, porém em quantidades bem menores, e portanto não geram tanto prejuízo à saúde.

Em outras palavras, ganhamos no crescimento e perdemos um pouco na saúde, pois existem muitas e muitas pessoas com intolerância ao Glúten, e outras que ainda vão desesnvolver tal intolerância.

Doença celíaca

A doença celíaca é de natureza genética. Indivíduos com predisposição podem desenvolver anomalias na mucosa intestinal quando esta entra em contato com frações proteicas tóxicas do trigo, cevada, centeio e aveia. Mas o que seriam estas frações tóxicas ? São as porções com alta concentração de glúten.

A manifestação desta doença também está associada à idade. Ocorrem três picos na vida da pessoa onde é maior a ocorrência: aos dois anos, na adolescência e na meia idade.

Como o mecanismo que dispara esta doença, havendo a predisposição genética, é desconhecido, a solução para que ela pare de se manifestar e a exclusão do fator tóxico que a provoca, ou seja, retirar da dieta alimentar os alimentos que podem conter glúten.

Com manteiga ou sem manteiga

Para indivíduos que não tem intolerância ao glúten, ainda resta discutir se devemos ou podemos comer o delicioso pão com ou sem manteiga. Como tudo na alimentação, é importante evitar o excesso. A vantagem da manteiga é proporcionar um pequeno aporte de vitaminas A e E. No entanto, a manteiga aumenta o colesterol ruim (LDL). As pessoas que não tenham excesso de peso podem comer o pão com um pouco de manteiga, apenas para dar o sabor. E deve-se observar a pressão arterial, para se escolher entre a manteiga com ou sem sal.

A manteiga contém lactose. Existem muitas pessoas com intolerância a Lactose, portanto, este pode ser um fator impeditivo para o seu consumo. No entanto, quanto mais gordura tem uma manteiga, menor será o seu teor de Lactose.

Com margarina ou sem margarina

A margarina contém gordura trans, pelo fato de ser constituída de gordura hidrogenada, que reduz o bom colesterol (HDL). O fator citado das vitaminas na manteiga deixou de ter influência, desde que começaram a adicionar vitaminas à margarina. Também se deve, no caso da margarina, verificar se a pressão arterial permite o consumo da margarina com sal.
Outros acompanhamentos
O pão pode ser consumido acompanhado de carne, beringela, geléia, presunto, queijo, etc. Deve-se observar os critérios de:

  • Açúcar;
  • Colesterol;
  • Lactose;
  • Sal (pressão arterial).

Conclusão

O pão, como qualquer alimento, deve ser consumido respeitando-se as particularidades de saúde da pessoa que o consome.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Café - características, importância, benefícios

O Café pode ser chamado de "bebida Brasil". Nosso país já foi o maior produtor e exportador. Esta bebida faz parte da vida diária, e traz benefícios à nossa alimentação, além de ser um elemento intermediário de confraternização e desculpa para uma pausa.

História

A descoberta do Café como fruto com possibilidade de introdução na alimentação humana foi inserida na classe de lenda. O homem, e notadamente os nascidos e criados a partir da década de 90, tem aderido a uma onda de "DUVIDOSE" aguda. O que quer que tenha ocorrido a 60 anos já levanta suspeitas de ter sido uma história real. Daí já começam a falar que é uma lenda, um mito, uma farsa. A descoberta do café foi colocada na categoria de lenda.

Seja o que for, a tradição diz que um pastor de cabras - chamado Kaldi - tinha o costume de levar seu rebanho para pastar. No meio do percurso, elas comiam o frutinho de um arbusto, e daí por diante as mesmas ganhavam enorme disposição para subir os morros que levavam aos pastos. Este frutinho chegou a nós com o nome de Café.

Situação atual

Hoje o café está difundido na Colômbia, Costa Rica, Guatemala, El Salvador e México, além, é claro, do Brasil. O sombreamento foi extinto, e a distância entre as mudas foi reduzido. No Brasil, devido ao clima muito quente, o sombreamento foi reintroduzido (anos 90) nas regiões Norte e Nordeste.

Origem da palavra

O nome Café não provém de "Kaffa" (local de origam da planta) e sim de "qahwa", que significa, pasmem, vinho. Isto se deve ao fato de que ambos se referem a bebida extraída de alguma planta.

A planta

O café nasce de uma planta exótica, cuja origem foi registrada como sendo nas terras altas da Etiópia, e que tem 60 espécies identificadas, mas apenas duas se prestam à cultura cafeeira: Coffea Arabica e Coffea Canephora. A Coffea arabica representa quase 70 % das árvores elegíveis para cultivo. É uma árvore alta (pode atingir 10 metros), mas como isto poderia dificultar a colheita, ela sofre um processo contínuo de podas que regulam a sua altura em apenas 3 metros. Seu crescimento é melhor observado em áreas com altitude entre 450 e 800 m, cuja temperatura fique entre 18 e 22 graus.

As plantas de café só começam a dar frutos comercialmente viáveis de 3 a 5 anos após as sementes germinarem. Elas são produtivas de 15 a 20 anos.

Sais Minerais

Além do principal componente, a cafeína, o café contém sais minerais muito úteis:

Elemento
 Quantidade em mg/100 g 
Mg (magnésio)
3
Ca (Cálcio)
2
K (Potássio)
49

Usos

Pode parecer excessivamente óbvio falar do uso do café, mas faz sentido. Além de bebida ele tem outros usos:

Como remédio - A cafeína contida no café consta da lista de componentes de vários medicamentos, como analgésicos (pois combate a dor e melhora a atividade cerebral, impedindo a letargia excessiva). Ele é também estimulante. A cafeína age sobre o SNC (Sistema Nervoso Central);
Em jardinagem - O resíduo da produção de café pode ser utilizado como fertilizante, por conter Nitrogênio, Fósforo e Potássio;

Benefícios

Durante anos crenças, mitos e tabus foram disseminados em torno do café, mas pesquisadores sérios chegaram a várias conclusões através de estudos meticulosos e isentos a respeito desta bebida e de seus benefícios:


  • O café protege o organismo contra doenças degenerativas;
  • Melhora a saúde do coração;
  • Protege o corpo do câncer;
  • Protege o corpo contra o diabetes;
  • Dá ao corpo condições de combater a depressão;
  • Aumenta a energia e a concentração;
  • Provê uma melhor performance física;
  • Auxilia no controle da asma;
  • Diminui o risco de doenças gastrointestinais;

Conclusão

O café é uma bebida que vale a pena incluir em nossa dieta diária.



segunda-feira, 25 de julho de 2016

Fermentação, ou como os alimentos e bebidas estragam e a Uva vira Vinho

Você deixa o arroz do almoço fora da geladeira e, no dia seguinte, ele está com aquele cheiro ruim. O que aconteceu ?

Seres invisíveis

Todo o ambiente a nossa volta está repleto de seres invisíveis, desde os vírus e bactérias, passando pelos ácaros e chegando aos fungos. Estes seres são necessários à cadeia alimentar, e até para a produção de outros alimentos, como os pães e queijos, e bebidas como cerveja e vinhos. Basta ter o conhecimento necessário, usar os processos corretos e ter o devido cuidado com os produtos.

O conhecido Mofo não é nada mais que esta espécie a que deram a classificação de Fungo. Todo produto vegetal ou animal, crú ou cozido, está sujeito à ação destes microorganismos, principalmente se houver a presença de umidade.

Por que os alimentos estragam

Analisando o nosso caso do feijão (e o mesmo vale para arroz), existe algo que o torna vulnerável à ação dos fungos. Um dos componentes que se inserem neste contexto é o AMIDO. O Amido é um composto de cadeia longa, cuja digestão é trabalhosa. Então, como é que podemos torná-lo apropriado ao consumo humano ? Através do cozimento. O cozimento quebra as longas cadeias de moléculas do Amido em "pedaços" menores. A água, participante do processo, facilita esta quebra. O cozimento faz uma quebra química pela água (hidrólise).

Mas o que facilita o processo de digestão para os seres humanos, surte o mesmo efeito para os nossos concorrentes, ou seja, os fungos e bactérias. Por isto um alimento guardado cru, mesmo sem refrigeração, dura mais tempo que o alimento cozido, quando analisamos o mesmo contexto. Mesmo sob refrigeração, um alimento não dura eternamente, pois os fungos e bactérias estão em sua superfície. O remédio poderia ser lavar os alimentos antes de armazená-los ? A lavagem acrescenta um elemento acelerador para a ação de fungos: a umidade. Mesmo secando o alimento com uma toalha, ainda haverá umidade residual absorvida pela casca. Uma quantidade ínfima em uma das partes do alimento é capaz de disparar a ação dos fungos.

O correto é comprar os alimentos ainda frescos, consumí-los em tempo hábil, e jogar fora o que sobrar. Isto é saúde.

Além do que foi dito, outra fonte que atrai a ação dos fungos é a matéria orgânica em decomposição. Vamos falar disto, então.

Decomposição

Uma vez que a fruta, o legume ou vegetal em geral tenha sido arrancado da fonte que lhe dava vida, ele está MORTO. Isto mesmo. Estes alimentos citados, frutos ou ainda as raízes (como batata e cenoura) faziam parte, antes de serem arrancados, de um ser vivo, ou seja, a planta que lhe deu origem e que administrou seu crescimento e amadurecimento. Ora, esta planta é que lhe fornecia, antes de ser colhido, o alimento e zelava pela sua defesa contra vírus e microorganismos do ambiente.

Assim, sem receber alimento, e sem usufruir das defesas naturais fornecidas pela planta que lhe deu origem, o fruto ou raiz passa a ser atacado pelos vírus, bactérias e pelos fungos presentes na natureza, interessados em suas substâncias nutritivas. A refrigeração apenas diminui a velocidade dos ataques destes microorganismos.

A fermentação é um processo de decomposição anaeróbia. A decomposição Anaeróbia é aquela que se dá na ausência de oxigênio. Os organismos que participam deste processo usam o Nitrogênio e o Fósforo, basicamente, para sobreviver. Eles não precisam de oxigênio para viver.

Mas como a "morte" do fruto ou verdura ou legume ou raiz se conjuga à ação dos microorganismos, para dar início à putrefação ?

Durante sua vida, os quatro citados tem uma atividade celular (chamada de metabolismo) que aproveita ou elimina os compostos em excesso na célula. Quando estes vegetais "morrem", cessa o metabolismo, e as células paralisam sua atividade com elementos ainda não aproveitados ou eliminados, como o carbono, hidrogênio e outros. Os microorganismos agem metabolizando estes dois elementos, liberando gás metano. Uma porção menor de carbono se combina ao oxigênio, gerando gás carbônico.

Em seguida, as ferrobactérias agem sobre o ferro do vegetal, fato notadamente observável na maçã. Uma vez iniciado o processo de decomposição, outros compostos ficam disponíveis, e a velocidade do processo sofre um aumento exponencial.

Fermentação

A fermentação é uma transformação química sofrida pelas substâncias orgânicas (originadas dos seres vivos, sejam eles animais ou vegetais), na presença de uma outra substância denominada genericamente de Fermento, que produz a quebra das primeiras em componentes menores. Sua diferença para a putrefação, é que a reação é dirigida para produtos específicos pelo uso deste Fermento. Desta forma, estamos introduzindo um agente de decomposição cuja ação acarretará a produção de subprodutos conhecidos e que, de certa forma, estarão sob controle.

Processos de fermentação mais comuns

Os processos de fermentação mais comuns em nossa vida diária são:
Fermentação da massa de trigo para produção do pão;
Fermentação das uvas para produção de vinho;
Fermentação do feijão deixado fora da geladeira de um dia para o outro;
Fermentação do macarrão, arroz e de outros alimentos que contém amido (pois o amido é uma macromolécula de açúcar).

Fermentação da Uva para produção de Vinho

A fermentação da Uva para produção do Vinho tem um nome muito pomposo: vinificação.
Em poucas palavras, pois nosso interesse está centrado no processo de fermentação, as uvas são colhidas no mesmo dia, ou no máximo um dia antes do seu processamento. Elas são colocadas em máquina que pressiona as uvas o suficiente para estourar a casca, liberando a polpa. As sementes são separadas, pois podem alterar a acidez do vinho. Isto é feito em prensa pneumática, que é capaz de separar a parte sólida da parte líquida. A casca continua no processo, junto com a polpa.

Mas onde reside o agente que vai provocar a fermentação ? Na própria casca. As cascas já possuem O MESMO FUNGO RESPONSÁVEL PELA FERMENTAÇÃO NA PRODUÇÃO DA CERVEJA, ou seja, o Saccharomyces cerevisae. Portanto, não é preciso adicionar nenhum agente externo de fermentação. Por esta razão não se deve lavar as uvas antes do processo.

Aqui surge um problema. Se não é feita uma lavagem, os pesticidas utilizados nos vinhedos vão acabar dentro da garrafa de vinho. Exato. No entanto, os exames, em vinícolas francesas, apontaram nível de toxicidade abaixo do permitido. Por este motivo, estão surgindo novas técnicas de prevenção de pragas. Uma delas é bem incomum, e utiliza patos. Isso mesmo, patos. Estas simpáticas aves comem os insetos e caracóis que habitam as lavouras de vinho, além de fornecer adubo natural.

Conclusão

Na natureza "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Até os fungos, que poderiam ser prejudiciais, se utilizados da maneira correta, podem trabalhar para o bem do ser humano.







domingo, 24 de julho de 2016

A pinga ou cachaça ou aguardente

Produto tipicamente brasileiro, a Pinga ou Cachaça ou Aguardente pode ser dita bem mineira.

Desde a Era Colonial

O primeiro nome desta bebida de tantas outras denominações é CACHAÇA. Vamos contar esta longa história em poucas linhas.

O interesse dos portugueses nas colônias eram as especiarias. Entre elas estava o açúcar. O adoçante das mesas europeias era o obtido da beterraba, processo bem mais oneroso. Portugal já dominava a técnica desde o século XIII (anos 1400 a 1499). O homem estabeleceu o primeiro contato com esta planta na Ilha da Nova Guiné. Posteriormente ela foi levada para a Índia, fato que pode ser completamente corroborado pelo nome que lhe deram em sânscrito "shakkar", que guarda grande e constatável semelhança com o nome "açúcar". E foi na Índia que os navegadores portugueses entraram em contato com esta planta. O nome científico é "Saccharum officinarum", nome em latim transliterado do nome original em sânscrito.

A partir da chegada da cana-de-açúcar ao nosso país é que a colonização começou efetivamente. E pelo uso da expressão "A partir da chegada", o leitor deve entender que ela realmente foi trazida de fora; sim, da Índia. Nosso país não possuía este fruto em seu inventário vegetal. Sua cultura iniciou-se entre 1530 e 1540. Foi justamente a cultura canavieira que estimulou o tráfico negreiro.

Ao mesmo tempo que era prometida fortuna aos colonos portugueses que vinham para administrar engenhos de cana, também lhes era exigido que levantassem fortalezas e abastecessem a colônia com armas, para defesa do território.

Como surgiu a cachaça ?

Nos engenhos, a cana era moída, e o extrato resultante era fervido para que perdesse água, e se fizesse aquilo que conhecemos hoje por rapadura, a ser refinada posteriormente. Ocorria que de vez em quando o caldo desandava e fermentava. Este caldo fermentado era chamado de "cagaça", e era jogado fora. No entanto, alguns escravo passaram a experimentar este caldo, e verificavam que trabalhavam bem mais animados. Os proprietários dos engenhos, por sua vez, percebendo o efeito, estimulavam os negros a consumir a beberagem, pois isto lhes trazia mais produtividade. Além disto, a bebida curava a depressão dos negros, causada pela saudade da África, denominada "Banzo".

Os informantes da corte, no entanto, viam neste hábito, e no estado resultante provocado nos negros, um perigo de levante, devido aos efeitos de exaltação que geravam nos negros. Mas seguindo a tendência de ajeitamento de costumes que observamos até hoje no Brasil, a temida Cachaça se firmou, sendo aperfeiçoada, mesmo sendo consumida na clandestinidade.

Em 1635, pelo fato da Cachaça estar concorrendo com o a "Bagaceira" (produzida a partir do bagaço de Uva), a coroa portuguesa proibiu sua fabricação. Mas o povo reagiu, boicotando o vinho português. Desta forma, a coroa passou a taxar a Cachaça, e sua consolidação veio por consequência.

Benefícios e dose

As bebidas alcoólicas, consumidas com moderação, auxiliam a saúde das veias e artérias, pois provocam sua dilatação e consequente facilidade da circulação sanguínea, tendo como efeito a elevação da temperatura corporal.

No entanto, pelo seu teor alcoólico alto (acima de 13%, podendo atingir 39%), a quantidade diária permitida é de apenas duas doses. Para ter um aporte de álcool no corpo, o vinho é o mais recomendado, já que seu teor alcoólico varia entre 9 e 13 %, além de proporcionar muitos outros benefícios, como se pode ver em  O vinho e nossa saúde.

Malefícios da Cachaça

Um dos grandes problemas da cachaça é que, pela proliferação de alambiques sem um responsável químico e, portanto, por ter uma variedade de técnicas de produção, algumas substâncias nocivas como:

  • metanol;
  • propanol;
  • isobutanol;
  • álcool isoamílico,

podem aparecer como subprodutos.

Estes podem provocar lesões no fígado, coração e cérebro. Mesmo o etanol, álcool "mais permitido" nas bebidas alcoólicas, em excesso, assim como as variedades indesejadas aqui citadas, tem efeitos deletérios sobre o organismo:

  • Diminui a taxa de açúcares no sangue;
  • Prejudica a absorção dos nutrientes dos alimentos;
  • Provoca a desidratação corporal;
  • Eleva os níveis de cortisol;
  • Diminui os níveis de testosterona (altamente indesejável para os homens);
  • Provoca deficiência das vitaminas B1, B2, B6, B12 e C.


O álcool tem um efeito altamente indesejado nas fibras musculares, pois mesmo com exercícios, os músculos incham, mas não ganham força.

Conclusão

Em se tratando da cachaça, beba com moderação.


O vinho em nossa saúde

A partir da leitura deste texto, você deixará a sua convicção de que o Vinho é um produto da fermentação apenas das uvas.

O que é

O Vinho é uma bebida obtida a partir da fermentação das substâncias que contenham açúcares, tendo como produto o etanol (principalmente), outros álcoois e componentes aromáticos. Existem muitas substâncias, além das uvas, cuja fermentação pode gerar álcoois e componentes aromáticos.

A fermentação, por si só, é um processo que merece todo um estudo em separado. No caso do vinho, e também da cerveja, adiciona-se uma substância conhecida como Levedura.

As Leveduras

As leveduras são também conhecidas simplesmente como fermento, na linguagem popular. No caso do pão, o fermento utilizado faz a massa crescer. A Levedura é o nome genérico de certos fungos unicelulares que produzem numerosas enzimas que decompõem compostos orgânicos em outros compostos orgânicos mais simples. Esta decomposição pode se dar pela fermentação (afeta ao nosso estudo) ou por oxidação.

No caso do vinho de Uva, as enzimas da Levedura quebram os seus componentes em água, glicose, frutose, ácido tartárico, ácido cítrico, ácido málico, taninos, proteínas, inositol, pentoses (moléculas constituídas de 5 carbonos), sais minerais, vitaminas e enzimas.

O sabor "ácido" do vinho provém de subprodutos comuns ao processo de fermentação:


  • Ácido acético;
  • Álcool etílico;
  • Ácido lático;
  • Ácido succínico;
  • Aldeídos;
  • Anidrido carbônico;
  • Butenodiol;
  • Ésteres;
  • Glicerina;

Componente Espiritual

O vinho é citado na Bíblia como bebida que leva à alegria, mas que, em excesso, inebria e provoca desvios de conduta, chegando até à destruição da vida da pessoa. No Novo Testamento, ele é personagem das Bodas de Canaã, em que Jesus transforma a água em vinho, com inúmeras e esclarecedoras metáforas sobre a vida carnal e espiritual do ser humano.

Vitaminas

O Vinho disponibiliza algumas vitaminas do complexo B: 3 % das necessidades diárias da B2 (antioxidante) e 4 % da B6 (auxilia na produção de glóbulos vermelhos e a metabolizar proteínas).

Resveratrol

Este componente é reconhecido como agente que possui as seguintes funções e propriedades:

  • combate o mau colesterol (LDL); 
  • protege a camada interna das artérias,
  • anti-agregante das plaquetas;
  • aumenta a fração do colesterol bom (HDL);
  • possui ação anti-inflamatória.

Mais detalhes estão no artigo Resveratrol no retardo do envelhecimento.

Sais Minerais

Elemento
 Quantidade em mg/100 ml 
K (potássio)
110,78
Na (Sódio)
4,9
Fe (Ferro)
0,39
P (Fósforo)
17,65
Ca (Cálcio)
7,84

Flavonóides

Estes componentes possuem propriedades anti-oxidantes, agindo sobre os radicais livres que provocam o envelhecimento. No entanto, só está presente em vinhos fabricados a partir de uvas pretas ou rosadas.

Conclusão

O vinho, sem excesso, como qualquer componente da dieta diária, é um importante complemento alimentar, agindo notadamente sobre os processos de que englobam aquilo que conhecemos como envelhecimento.





sábado, 23 de julho de 2016

O azeite - Tipos - Azeite é melhor que óleo de cozinha ?

Existe uma desinformação em relação ao Azeite. O líquido que recebe este nome não é obtido a partir das partes moles do fruto da Oliveira (azeitona), mas também do seu caroço ou semente. Alguns são obtidos a partir da semente, apenas, daí seu baixo rendimento, e seu elevado preço.

Origem e usos

O Azeite tem sua origem no Mediterrâneo e Ásia Menor. Tem pelo menos 5000 anos de história, e aparece na narração Bíblica. Seu nome vem de um verbo Aramaico que significa prensar, suco. Aliás, a palavra original "Az-zait" quer dizer suco da Azeitona.

Os egípcios usavam um unguento de Azeite com areia como protetor solar para a pele. No Império Romano era utilizado para amaciar a pele e os cabelos. Foi utilizado para iluminação, nas conhecidas velas (no conhecido formato da lâmpada de Aladim). Também se prestou como impermeabilizante (já que repele a água) de tecidos.

Tipos

Existem 5 tipos de Azeite:

  • virgem;
  • refinado;
  • puro;
  • do bagaço;
  • refinado do bagaço;

O Azeite Virgem é o sumo das azeitonas inteiras que passa exclusivamente por processamento mecânico, sem que sofra processo de fermentação. Elas são lavadas, moídas, prensadas a frio e centrifugadas. Desta forma, o produto do processo é de baixíssima acidez. O Extra Virgem sofre uma única prensagem. Já o Virgem é o produto da segunda moagem do Azeite Extra Virgem. Devido à segunda moagem, sua acidez é maior que a do Extra Virgem.

O Azeite refinado não se presta à culinária das saladas, e provém de azeites que, na segunda prensagem, tenham acidez superior à 2 %. Ele deve ser utilizado para finalidades industriais, como em frituras.

O Azeite Puro é o resultante da mistura entre o Azeite Virgem e o Azeite Refinado. Também não se presta ao uso nas saladas, mas serve para refogados e frituras.

O Azeite do bagaço é resultado de um processamento físico ou químico com solvente do bagaço da Azeitona. Serve para frituras a altas temperaturas.

O Azeite refinado do bagaço é o Azeite do bagaço, de alta acidez, refinado para baixar a acidez abaixo de 0,3 %.

Vitaminas

Como o calor destrói as vitaminas do óleo, vamos tratar apenas do tipo Extra Virgem. O óleo de oliva fornece 14,39 mg/100g de vitamina E e 60.2 ug/100 g de vitamina K.

Sais Minerais

Fazendo as mesmas considerações feitas para as vitaminas, o óleo Extra Virgem fornece 2 mg/100g de sódio, 1 mg/100g de potássio, 1 mg/100g de cálcio, 0.56 mg/100g de ferro e 0.01 mg/100g de zinco.

Benefícios

O uso do Azeite traz uma série de benefícios à saúde:


  • Possui grandes quantidades de fitoesterol, vitaminas e anti-oxidantes;
  • Fornece ômega-3 (ant-inflamatório) e ômega-6 (contribui para a beleza da pele e para a saúde dos cabelos) ao corpo;
  • Abaixa o mau colesterol (LDL) e aumenta o bom colesterol (HDL);
  • Contém anti-oxidantes do grupo dos Hidroxitirosois;
  • Previne distúrbios coronários;
  • Reduz a absorção do colesterol pelos intestinos;
  • Por conter vitamina E, ajuda a prevenir a proliferação de radicais livres;
  • Por conter vitamina K, tem papel fundamental no aumento da massa óssea;
  • Não possui agentes alérgenos;

Conclusão

Vale a pena substituir o óleo de cozinha pelo azeite nos refogados e frituras, e temperar as saladas com azeite extra-virgem.








sexta-feira, 22 de julho de 2016

O ovo faz bem ? Posso comer todo dia ?

Durante anos a discussão em torno do hábito de comer ovo foi muito controversa. Vamos discutir o seu valor nutritivo, se faz mal comê-lo todo dia, e até se podemos comer mais de um por dia. Falaremos mais especificamente do ovo de galinha.

Ovo, projeto de vida

Um ovo contém, praticamente, um projeto de vida com nutrientes suficientes para dar origem a um ser completo. A partir desta afirmação poderíamos facilmente concluir que o ovo é um alimento completo e repleto de nutrientes. E isto é verdade. Ele não só é rico em vitaminas (principalmente do complexo B) como é rico em sais minerais.

A natureza dotou o ovo de uma proteção contra invasores do meio ambiente. Sua casca de composição basicamente cálcica ( cerca de 30g/100g ), além de uma película protetora, que forma uma pequena câmara de ar em seu interior. Esta proteção o torna à prova de água, e mantém longe os vírus e bactérias que poderiam prejudicar o crescimento do ser de cujo projeto ele contém, no entanto possibilita a passagem de gases.

Começando pela casca ...

Se o ovo fosse apenas constituído de casca, sua existência já valeria a pena. Apenas 3,3 g de sua casca, em pó, preferencialmente, bastariam para suprir a nossa necessidade diária de cálcio. A casca do ovo é basicamente constituída pelo Carbonato de Cálcio(que é basicamente constituído de 40% de cálcio). Vejam os componentes principais, em se tratando de sais minerais:



Elemento
 Quantidade em mg/100g 
K (potássio)
41,971
Na (Sódio)
117,745
Mg (Magnésio)
351,1
Fe (Ferro)
1,5
Sr (Estrôncio)
103,2
Ti (Titânio)
0,458
P (Fósforo)
98,2
Ca (Cálcio)
30263,72
Ba (Bário)
3,9739

Existe até Ouro, Germânio, Arsênio, Tungstênio e outros elementos raros nesta casca, mas em quantidades ínfimas, apenas para provar como o ovo é um dispositivo biológico inteiramente oriundo de elementos das rochas e terrenos sedimentares. É como se fosse um representante do próprio planeta Terra.

Vitaminas Totais


Elemento Quantidade por ovo (mg) 
A98
B10,05
B20,24
B30,05
B50,91
B60,06
B710
B121,3
D0,9
E0,57

Sais Minerais totais


Elemento
 Quantidade (mg por ovo) 
K (potássio)
67
Na (Sódio)
72
Mg (Magnésio)
62
Fe (Ferro)
1,0
Cu (Cobre)
0,04
I (Iodo)
27
P (Fósforo)
103
S (Enxofre)
93
Se (Selênio)
6
Cl (Cloro)
83


Benefícios

A Zeoxantina presente no ovo é excelente para melhorar a visão (junto com a luteína diminui o risco da pessoa desenvolver catarata);
Como se pode ver pela tabela de vitaminas totais, o ovo contém muitas vitaminas, tornando desnecessário tomar complementos;
São ricos em proteínas, já que estas são essenciais à constituição do novo ser (em sua constituição proteica estão todos os aminoácidos que o nosso corpo precisa);
Seu consumo reduz o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral), do desenvolvimento coágulos e doenças cardíacas;
Se constituem em excelente fonte de colina, que regula o funcionamento do cérebro (melhora a memória e a cognição), do sistema nervoso (os ácidos graxos e o ômega-3 aumentam o volume cerebral) e sistema cardiovascular;
O consumo de ovos não aumenta o colesterol ruim. É o colesterol das carnes, do leite e derivados integrais que aumenta o colesterol;
Durante a gravidez, o ovo é altamente benéfico para o desenvolvimento sadio do feto;

Forma de consumo

A forma mais adequada de se consumir ovos é na forma cozida (de 3 a 5 minutos). O ovo frito aumenta o aporte de gordura.

Para maior segurança, comece consumindo 3 ovos por semana (dia sim, dia não nos dias úteis). Observe se houve alterações no seu regime de evacuação. Não havendo grandes alterações, como desarranjos ou aumento da sua pressão arterial. Depois passe para um ovo por dia. Observe a reação do seu corpo, e havendo efeitos como os dfescritos para a fase de 3 ovos, volte aos 3 ovos por semana.

Conclusão

Adote o ovo em sua dieta. Em caso de doenças vasculares crônicas, consulte primeiramente o médico.




O chuchu é nutritivo ?

O chuchu é um alimento muito injustiçado. Você já deve ter ouvido alguém ao seu lado no self-service dizendo:

Chuchu é só água

Vamos acabar com esta injustiça.

Natureza e Constituição

O chuchu é uma hortaliça-fruto (cucurbitácea), que não acarreta aporte calórico significativo (19 calorias por 100 gramas), pouco sódio (2 mg/100g), mas com boa quantidade de potássio (125mg/100g), magnésio (12mg/100g), Vitamina C (7,7 mg/100 g), Zinco (0.74mg/100g), Fósforo (18mg/100g), Cálcio (17mg/100g) e Ferro (0.34mg/100g).

Em termos do magnésio, o chuchu contém uma quantidade comparável à do Leite desnatado e ao suco de laranjas.



Vitaminas

Vitamina Quantidade em mg/100g 
B10.025
B20.029
B30.47
B50.249
B60.076
B90.93ug
C7.7
E0.12
K4.1ug

Benefícios


  • Acelera o metabolismo (auxilia no emagrecimento);
  • Acelera o trânsito intestinal (auxilia no emagrecimento);
  • Anti-inflamatório;
  • Combate a fadiga;
  • Combate a depressão;
  • Combate os radicais livres (que provocam o envelhecimento);
  • Fortalece o Sistema imunológico;
  • Reduz a pressão arterial;

Conclusão

Ao contrário do que se pensava, seguindo o tão perigoso senso-comum, o chuchu é um alimento importante na dieta diária das pessoas, com vitaminas importantes para prevenção de problemas bem comuns da saúde.