terça-feira, 27 de agosto de 2013

Carne de vaca ou frango pode ficar fora da geladeira ?

A resposta imediata é NÃO.

Mas existem Tabus e procedimentos originados da ignorância.

Carne temperada pode ficar fora da geladeira

Existe esta crença, que veio de antes da invenção da geladeira. Os romanos já guardava alimentos em um armário, com pedaços ou moedas de prata, ou então salgados, para poder utilizar no dia seguinte.

Na Europa, as especiarias (pimenta, cravo, canela e outros temperos) eram usadas como conservantes. Mas as doenças, a deficiência de imunidade que expôs os europeus às epidemias provam que só isto não bastava.

O mundo só atingiu um patamar de consciência da Conservação Alimentar depois da invenção da geladeira.

As práticas comerciais

Se o olho do comerciante só olha o lucro, a economia PORCA, ele instrui os seus funcionários a guardar os alimentos, sim, na geladeira. Mas também os orienta a desligá-las encerrado o expediente.

É quase um ditado popular que:

O frango de hoje será a empada ou a coxinha de amanhã

Isto não tem problema nenhum, contanto que a carne "durma" na geladeira. Aliás, melhor seria ela "dormir" no congelador. A carne, mesmo à temperatura de 11 graus centígrados tem ATIVIDADE QUÍMICA, expressa na liberação de histaminas (leia "Faz mal comer Atum e Sardinha em lata ?") .

Apenas 2 horas são suficientes para propiciar a proliferação de bactérias (que já vem normalmente na carne) em alimentos que contém carne. As bactérias patogênicas se multiplicam em ciclos de apenas 20 minutos. Se os manipuladores do alimento nas cozinhas de self-service, que preparam a
comida desde 7 da manhã, deixam a mesma exposta, quando o relógio marcar 11 horas (hora de servir a primeira refeição no restaurante), o alimento já terá experimentado 4 horas de exposição, ou seja, 12 ciclos de reprodução das bactérias.

Aquecimento

Depois de aquecida a comida, é preciso manter a temperatura acima de 60 graus. No entanto, nos balcões de servir dos self-services, pela exposição ao ar, a comida resfria para o intervalo de 40 a 60 graus. A parte superior, exposta ao ar, é a que mais sofre. Os operadores de balcão deste ramo de alimentação ainda fazem uma prática que piora a situação: misturam periodicamente a parte fria que está por cima, com a parte de baixo.

Conclusão

Está difícil de se comer fora de casa. Mesmo a marmita caseira, que viaja 2 horas, devido ao trânsito, deve ser depositada logo que o empregado chega ao trabalho. E se o trânsito piorar, ai não haverá mais jeito.
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Fonte: Procurar no Google "infectologista Caio Rosenthal".

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Os efeitos danosos do açúcar para a saúde - Droga branca ?

Um livro que ficou muito famoso no fim dos anos 90, de Sonia Hirsch, cujo título era "Sem açúcar, com afeto".

Na época provocou muita desconfiança pela moda de revisionismo dos costumes, inclusive alimentares. Coisa semelhante aconteceu com o café, com o ovo, chocolate, e outros gêneros comuns do ramo da alimentação.

Números elevados

Mas agora, as coisas mudaram. Toda pesquisa é passível de fácil cruzamento com outros trabalhos (devido à Internet), mais pessoas procuram os consultórios médicos, e é fácil arranjar 5 mil casos de um determinado contexto. Os médicos interessados podem tabular diagnósticos de seu consultório rapidamente, com uma amostra grande, pois são muitos os pacientes, o computador está disponível, e muitos deles, senão a maioria, dominam as planilhas.

A disponibilidade do açúcar

O açúcar está largamente presente nos gêneros de consumo comum:


  • Balas;
  • Bolos industriais;
  • Chocolate;
  • Picolés;
  • Refrigerantes;
  • Sorvetes;
  • Sucos;
  • Yogurtes.


Se fizermos um rápido levantamento no supermercado de gêneros com açúcar, ou com adição de açúcar, veremos que ele invadiu completamente os alimentos. Todo confeiteiro sabe que é praxe acrescentar açúcar em gêneros salgados, e vice-versa, para aumentar o sabor dos alimentos. A adição de um pouco de açúcar para maximizar o sabor não representaria problema, SE JÁ NÃO ESTIVÉSSEMOS CONSUMINDO TANTO AÇÚCAR IN NATURA.

Diminuição da absorção pelo corpo

Infelizmente, nosso corpo, a partir dos 30 ou 40 anos, já não regula mais com eficiência os níveis de glicose no sangue. Esta é uma descoberta que modifica a visão da diabetes. Você não pode, sem predisposição genética, você não consegue fazer com que seu corpo manifeste a diabetes, mas pode provocar o aumento da concentração da glicose pelo excesso em sua alimentação. Sabendo que com a idade ela não é mais tão bem regulada, o bom senso ordena a cautela com o seu consumo.

Efeitos no corpo humano

Um dos efeitos, agora relacionado à idade, pelo explicado no item anterior, se dá em um contexto nunca antes explorado:

A MEMÓRIA

Isto se explica pela observação da diminuição no fluxo de sangue em uma região do cérebro denominada Giro Denteado, substância cinzenta presente no Hipocampo, justamente o local de formação de novas memórias. O estudo que descobriu a relação Açúcar - Memória, foi financiado pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos, e estava orientado, inicialmente, para a pesquisa dos picos de glicose e diminuição do fluxo sanguíneo nas regiões cerebrais.

Esta relação pode explicar o Mal de Alzheimer. Tudo poderia estar, inicialmente, relacionado à glicose mal processada, consequente irrigação irregular no cérebro, e, no final da cadeia de eventos, perda de memória e demência com a idade.

A perda da vitamina B e Cálcio

É sabido, desde o tempo de nossos avós que, com a idade, começamos a ter deficiência das vitaminas do complexo B. Pois bem, o açúcar, para ser metabolizado, justamente consome esta vitamina e também o cálcio. Por isto não nos espantamos com o surgimento da osteoporose com a idade. O corpo já começa a ter deficiência de cálcio, e a pessoa ainda consome o mesmo usando açúcar na alimentação !

As sobremesas

O hábito da sobremesa doce é algo culturalmente arraigado no modo de alimentação do brasileiro. Existem crenças de que é bom um doce depois da comida salgada, para "cortar" o sal. Mera crendice e tolice. O açúcar após a refeição só serve para promover a fermentação estomacal, podendo provocar o refluxo. É preferível um café com pouco açúcar.

Tão nocivo quanto o álcool

O açúcar provoca reações no fígado semelhantes ao álcool, pois sua molécula tem as características espaciais desse composto.

Considerações energéticas

Tudo o que chega ao corpo, na forma de alimento, cujo processamento é demorado para se extrair os nutrientes, faz bem à saúde. O que chega muito pronto à boca não faz bem. Nossa fonte de glicose e frutose tem que estar em uma forma complexa, que precise ser "quebrada".

O Sistema Imunológico

Nos últimos anos os levantamentos médicos constataram o aumento proporcional das doenças inflamatórias sobre as infecciosas. Isto coincide com a maior disponibilidade de produtos de mercearia a base de açúcar, insumo muito barato. O açúcar, em estado bem bruto, já consome energia do organismo para ser processado. Em estado refinado, ele aumenta este consumo energético.

Quando nosso sistema imunológico está combatendo uma invasão, ele consome nossa energia, a ponto de nos deixar extremamente cansados. Ora, introduzindo um fator de consumo, como o da digestão do açúcar as coisas pioram muito.

O aumento das doenças inflamatórias coincidiu com o aumento do consumo de açúcar, de 5 kg por pessoa por ano, para até 135 kg em países desenvolvidos. Mesmo que chegue a somente 70 kg por ano, já poderíamos classificar seu efeito como extremamente danoso.

Conclusão

Portanto, "coloque suas barbas de molho". Restrinja o consumo de doces, balas, bolos, produtos de supermercado com aquela aparência bem gostosa, sorvetes, picolés, sucos e refrigerantes, nem que seja para diminuir as inflamações bem comuns de seu corpo.